A Guilda dos Melancólicos

Blog eclético, hermético e patético

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Há quem melhore

Hoje estou supreendida com a mudança do Dr. Armani. É assim que ele é conhecido pelos advogados da Comarca. O Armani, talvez porque se vista muito bem, bons fatos, bom perfil, o tipico homem sedutor que até a fumar consegue ser charmoso.
Um sacana da pior espécie. Conheci-o faz 2 anos. Ano passado tivemos uma historia que acabou lá para Maio/Junho. Sacanice....por detrás do fato tinha o seu modo feio de ser. Não gostei. Tive pena mas também não o amava. Gostava...fazia-me sentir bem...abraçava-me e eu sentia-me "protegida". Amar? não. Isso requer outras coisas....estavamos longe disso.
Fazia desde Maio/Junho que não tinhamos qualquer tipo de relação. Só profissional e mesmo ai...enfim só Deus sabe. Passei a pasta a colegas. Não o queria ver. Não lhe queria falar. Mas porquê tanta mágoa, se não o amava, perguntava muita gente. Ora a desilusão cria estes buracos no nosso coração. E eu criei um de metros e metros de profundida.
No outro dia ligou-me. Epá....que surpresa. Boa? Má? ....neutra. Fiquei parva, que quereria ele?...não sei, mas atendi e fiquei a ouvir..... .....
Queria dizer que mudou, que tinha saudades.... que errou, ...que me perdeu.... e sim, deveras foi perdido...o tempo, o carinho, a amizade, o companheirismo, o hábito....,muito.
Mas.... algo me dizia: "deixa-o falar,...e vê o que ele quer dizer".
Queria pedir perdão. Queria me compensar, me oferecer um lanche, um almoço ou jantar.
Queria ser meu amigo. Voltar a poder conversar e desabafar comigo.
Eu...deixei....queria ver se existe a mudança verdadeira ou se estamos diante da fachada da sacanice...hihih....
Hoje fiquei feliz. Tive a jantar com ele. E sim mudou. Desta vez sei, sinto e dá para ver que mudou. Foi sincera a mudança. Existe afinal quem mude...e para melhor, vá lá. Conheço casos contrários e que me decepcionaram muito.
Este será um caso a recordar. O Dr. Armani voltou para os bons. Acho que me quer conquistar. Eu disse: "nada é impossivel, eu gosto que me conquistem...contudo só os merecedores levam de mim o coração."

Verdades domésticas
Se passar a ferro duas camisas todos os dias, caminho lentamente para muitas camisas engomadas que sejam seguro de vida em tempos de necessidade (preguiça).
As epopeias
Desisti da porcaria da "Epopeia dos Celtas". Chiça! Li o Prólogo-enfim sempre se ganhou mais uns pózitos de cóltura sobre as origens de alguns mitos. E depois entrei na Epopeia propriamente dita. Bom... ... aquilo começa logo com as desventuras de um senhor que primeiro se transforma em veado (conheço alguns que fizeram o mesmo, diria a Bê, eheheh), depois em javali e depois em pássaro. E eu, "Mau..."... ... à cautela saltei umas páginas, e depois mais umas. E era só fadas e Deuses e espadeirada sem sangue a espirrar que convencesse que aquilo doia- apesar de haver lá um senhor que rachou o rei mau ao meio. E tudo assim muito agitado, muito divertido e muito sem gracinha nenhuma. Convenhamos, aquelas fábulas já devem ter divertido muita donzela na voz cantada de bardo medieval mas... ... aqui o R.P. não ficou nada convencido.
Não gosto muito de épicos, odisseias, essas coisas. A humanidade é sacrificada a uma estória, a uma moral. E portanto os personagens são sacrificados aos arquétipos que representam, tantas vezes resumidos a visões maniqueístas de Bem e Mal. Principes fofinhos e giríssimos, com ares de modelos Boss que vão salvar princesas virgens e boas como o milho das garras de ogres muito beras. A Isabel diz que se despirmos, por exemplo o "Senhor dos Anéis" da cenografia em que se enquadra sobra uma estória profundamente humana. Eu cá penso que se tirarem isso- que é na verdade o trunfo da obra, aquela riqueza de um universo mitológico- sobra a densidade psicológica de uma fatia de fiambre cortada por um taberneiro sovina.
Os homens não são assim. Nunca são tão belos. Raramente são tão horríveis... ... eu gosto é da heroína do romance que encetei hoje. Uma camponesa italiana que quase dá em frigida de dormir com o asqueroso do marido. E que adora a filha por quem faz tudo. E que no entanto é uma gajita meio gananciosa que enriquece nos tempos do Mercado Negro da Roma de Mussolini. Isto sim é pulsar humano!
A Isabel rebatia com um argumento que poderia ter algum peso. Os horrores da II Grande Guerra é que inspiram a luta entre o Bem e o Mal de Tolkien. Aceitemos isso parcialmente... ... mas não se negue que a vastíssima cultura de mitologia celta do autor é que é a pedra basilar da obra.
E depois fiquei a pensar: as Guerras Mundiais, vendidas na História Oficial como a encarnação quase académica de uma luta entre Bem e Mal, como se os gajos do Eixo fossem uma espécie de exércitos de Mordor ou de Tropas Imperiais do Star Wars.
Isso não existe...
Eu tenho um pai que foi soldado a soldo de um tirânico exército de ocupação que esmagava povos oprimidos. E tenho pena dos soldados opressores e dos povos oprimidos.
Isso pura e simplesmente não existe.

terça-feira, janeiro 30, 2007

A minha mãe foi ao hiper fazer as compras do mês.

E como o tempo é de vacas magras para o seu rebento- eu- foi uma querida e incluiu no rol das mercearias um cabaz de coisinhas para engordar a minha dispensa e emagrecer a rúbrica das despesas do meu orçamento mensal.

Chego a casa e começo a ver o que teria deixado a mãe natal no meu sapatinho fora de época.

Mais de metade das coisas eram para os gatos.

Pronto, e um gajo tira as suas ilacções sobre a sua importância no mapa familiar, eheheh.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Hoje de manhã dei por mim a ver os hábitos matinais das pessoas que vão no barco. Eu, antiga passageira da Fertagus, optei pela viagem fria( no Inverno) que o Cacilheiro nos proporciona, a escolha prende-se por ser um transporte mais rápido. Cheguei à conclusão que ir de barco, para mim, tem inúmeras vantagens. Um ou dois minutitos na cama já é uma razão.
Ora bem, o barco das 8h04m é o meu barco. A rotina derivada desse mesmo horário permite-me começar a conhecer algumas caras. Até começo a saber que uma ou outra pessoa escolhe sempre o mesmo lugar: ora ao lado da janela, ora resguardada da porta que deixa entrar o ar gélido do Tejo.
A minha observação vai para cerca de 40% das mulheres irem a ler as revistas femininas, tais como: "Maria", "tv guia", "A gente", "Mariana", etc etc...
Que raios....quer as mulheres novas ,dos seus 20 e tais anos, quer as mais idosas vão sempre agarradinhas à revista. Eu sempre me questionei da utilidade dessas leituras, bem...de facto contêm lá a programação da T.V.( a unica coisa que a mim seria util).
Para os mais interessados em saber as horas dos filmes, do comentário, do jogo ...a tal revista "fofoqueira" tem a utlidade de conter a grelha de informação da televisão, contudo, creio eu cerca de 80% dessa informação vem errada, ou qui ça a televisão porta-se constantemente mal e não é cumpridora dos seus deveres de assiduídade. ...365 dias a portar-se como uma criança mal comportada!!!! :o)
Enfim...mais além dei por mim a ouvir a conversa de duas senhoras, muito preocupadas acerca do que se passa na novela "As páginas da Vida"...eheheh eu que nem sabia o que era a "Floribela" ...sim é verdade...soube faz pouco tempo...Com isto fiquei a saber que existe mais uma novela que era,até hoje ,desconhecida por minha parte.
Mas achei curioso aquelas duas a discutirem a vida das personagens como se de realidade se tratasse. Eu a pensar que as pessoas interrogavam-se acerca das noticias que passam no Jornal da T.V.I....como o incêndio no prédio que causou a morte a 2 meninas, ou qui ça o tema do aborto: como não se esquecerem de ir votar dia 11 de Fevereiro, ou melhor: o caso da menina que está sequestrada...ora ...hummm sequestrada não é bem o termo ...eheheh mas as noticias e os jornais dizem que sim...enfim...Mas não! preferem discutir se a fulana X vai ficar com o fulano Y e até sabem antecipar cenas da novela porque leram os resumos na Revista "Telenovelas " na semana passada. Lol....Questiono-me em saber se essas pessoas não terão nada mais util em fazer! mas cada um é como cada qual...e digo-vos que achei piada!!!! porque levavam a conversa mesmo a peito. Estava stressadas com aquilo tudo :0/
Depois temos o caso dos ditos intelectuais....livro de Kafka,....Kundera....Esteves Cardoso, Lobo Antunes....eheheh....mas que em conversas cometem com cada "gaffe" que eu de facto fico perplexa a meditar se eles estarão mesmo a perceber o que estão a ler...Perguntava um rapaz a uma amiga acerca de uma questão que saiu no "Um contra Todos": onde se situava o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem...eheheheh lol...entre as opções a amiga questionava se seria cá em Portugal ou em França...sim a restante era mesmo a Turquia...e por um pouco aposto que a moça ainda ficou a duvidar se não seria mesmo lá....eheheh...
Reparei na Rapariga do costume que vaidosamente vira os livros para as pessoas verem qual o curso que está a tirar. Ehhhh Enfermagem....ena ena UPA UPA....a miuda dos seus 19/20 anos...quase fresquinha, (deixou à pouco de ser caloira) estava com um dossier na mão e tinha dois livros na sua posse. À sua frente estava um rapaz para ai da minha idade, e eu estava na ponta mas deliciosamente a ser uma "espia". A rapariga trazia os tais livros virados para baixo....e como quem não quer a coisa rápidamente lançou-os bem ao contrário com as letras a apontar para os "vizinhos " da frente. Fazia questão que soubessem que era uma futura enfermeira. Ehh...
Um deles, que eu consegui ler, dizia: "Anatomia I"....o outro não me recordo mas era qualquer coisa associada à fisiologia...enfim....eheheh teve piada.
Acho graça de vez em quando dar uma espreitadela aos outros. Provávelmente há quem dê a mim mesma...e apanhe os meus tiques, ....eu como falo para mim não escutam as minhas "idiotices", ....eheh pelo menos isso Não!.
Mas gosto de ver a variedade com que viajo todos os dias às 8h04....por vezes fico a olhar para os calados, para aqueles que levam um ar triste. Penso...cada já tem uma história de vida. Que esconderá aquela face franzida que ali vai à minha frente? Será feliz, triste, desesperado?...é.... como digo variedade, multiplicidade de gente. Todos diferentes e numa coisa iguais: tem uma história.

Primeiro há que dizer que, depois dos três minutos seguidos de desistência de Sábado, hoje o meu jogging já durou meia hora. Toma!
Hoje o cruzado anti-cavalheirismo que dormita eternamente em mim despertou de novo.
Ia o menino no comboio da Fertagus, entretido a ler a sua Epopeia dos Celtas- que aliás não há meio de me entusiasmar- e a estimar 10 minutos de atraso na chegada à Z, tudo controlado, portanto, quando os olhos lhe fogem, e a coisa por pouco não me escapou, para mais uma cabala do gajedo contra o género masculino.
Nos lugares junto à entrada, reservados a grávidas, acompanhantes de crianças de colo, idosos, fiteiros e outros que tais, uma senhora com uma dita criança ao colo pedia ao jovem com ar de universitário que lhe desse o lugar. Até aqui, tudo em ordem. Mas havia um detalhe. Um detalhe que escaparia incolume aos tipos inocentes que ainda pensam que não há uma conspiração contra nós, e que o mulherio, com as suas intuições, sextos sentidos, spm's e outros que tais, certamente apontou, de fio a pavio daquela carruagem, mas que calou, cumplice. Restava portanto ao cruzado da causa pela igualdade-eu- indignar-se, mesmo que permanecendo calado, por medo da superioridade feminina.
E eis o que anotei...
Recuemos uns segundos, à priori desse momento em que a mulher diz "Importa-se de me dar o lugar?"- ao que o rapaz sai disparado como uma mola, num "Com certeza envergonhado".
Ok, coloquemos o filme a andar para trás.
A senhora entra e prostra-se perante os passageiros que ocupavam os lugares "reservados" num curto momento em que espera que a alguém lhe ocorra ceder o lugar. Tudo muito certo. Leva ao colo um míudo gordo que deve ter uma dieta à base de Nestum com mel. Sim, eu aprovo a prioridade! Deixem sentar a senhora, pôrra! Mas olhemos para os passageiros. O universitário. É um míudo, tem um ar vagamente "computer geek". E trás o nariz afundado em apontamentos. Estou disposto a acreditar que ainda não tenha dado pela senhora. Aliás, com aquele ar estou disposto a acreditar que ainda não tenha dado pelo Mundo. E mais, está sentado numa das duas cadeiras mais distantes aquele que tornem mais prático que a senhora se sente. Mas eu sou um cínico e adivinho a conspiração no ar. Sobram três lugares. E sobram três senhoras. Nenhuma terá mais que vá, 40 anitos? A mais jovem não deve ter chegado aos 30. Não aparentam gravidez, a menos que tenham sido, às vezes acontece, fecundadas de véspera. Idosas não são. Inválidas... ... terão varizes? Não sei, suponho que não... ... e não me cantem cantigas de que não viram. Nenhuma vinha suficientemente absorta na paisagem, na morte da bezerra, nas Brumas de Avalon, na Filha do Capitão, ou lá que merda ia a morena a ler.
Então...
Então, porque é que a mulher do puto gordo insistiu em cutucar o rapaz para que lhe desse o lugar, ainda por cima com ares indignados de "Já devias estar de pé!"?
Rapazes, a malta tem que se unir!

domingo, janeiro 28, 2007

O que é qui você vai fazê, Dómingo di tardji?
Fim-de-semana de pijama. Não vi ninguém. Até a minha curta cerimónia social de jogging com o Pedro redundou no explicado fracasso. A Catarina teve que desmarcar o nosso maravilhoso programa para acorrer a peripécias familiares- quem as não tem?- e eu acabei por desmarcar consecutivamente duas promessas de visitar a casa paterna. O vizinho de baixo não tocou à porta e eu creio que conversas de messenger, mesmo de webcam ligada não contam. Por isso, lá está, não vi ninguém.
Fiquei eu mais os gatos. Marta em eterna contemplação de cima do gira-discos. Hamlet ora refastelado em cima do monitor a observar curioso a dança do cursor no ecrã, ora aninhado junto a mim a massajar-me com as suas fantásticas técnicas de gato oriental. Mas gatos não contam e por isso eu não vi ninguém.
Mas descansei. Céus, como dormi! Pensei a vidinha. Raramente concluimos algo de realmente definitivo mas é bom ir pensando. E acrescentei algumas linhas à "Guilda" em que a pôrra do almoço de ex-comandos já tardava em vir para a mesa. E toquei guitarra e li um pouco da "Epopeia dos Celtas", e meditei um pouco sobre alegorias de Jeckyl and Hide, e fiz massa e bebi vinho tinto e comi gelado.
Nada mau, para um Sábado de pijama.
Cenas do próximo capítulo, um Domingo de pijama...

Hoje acordei cedinho. Senti que descansei como deve ser. Faz uns tempos que não durmo assim sossegadamente. Os fantasmas no meu armário de vez em quando decidem incomodar os meus "pink dreams", mas hoje não!
Hoje ao acordar senti enorme satisfação. Talvez porque esteja calma cá dentro. Talvez porque a névoa que rodeava a minha alma começou aos poucos a esvanecer-se. Estou em paz comigo mesma e de conciência tranquila. Os meus dias apesar de enorme fatiga dão para abstrair de certos pormenores que de vez em quando poderão por em causa esse mesmo equilibrio que demorei tempos a obtê-lo.
Decidi mudar mil e uma coisas. Novos planos foram traçados. Digamos que coloquei ao cimo novos objectivos e estes e a sua prossecução estão a fazer de mim uma mulher muito feliz.
Apercebi-me que a felicidade está sempre na nossa mão, e que sou capaz de fechá-la para ela nunca mais sair de mim. Certos amigos dizem que sou mulher de conseguir tudo aquilo que quero. Ora é exactamente comentários destes que me fazem lutar pelo dia à dia, esquecer as coisas menos boas e agarrar-me a quem me quer bem, aos meus planos, aquilo que me faz sentir desejada e sobretudo pensar mais em mim. Estes dias têm sido excelentes. Às vezes precisamos de estar confinados ao quarto, para meditar naquilo que está bem e mal. Naquilo que queremos e não queremos e até para equacionar o nosso lugar em muitos sitios.
É....às vezes precisamos de mini abanões para despertarmos e tomarmos consciência do quanto somos uteis.

sábado, janeiro 27, 2007

Tendências

Hoje faz frio. É daqueles dias que só apetece estar em casa, a ver tv, a beber um chá quente, a ver um bom dvd com a bela da manta em cima do colo.
E sabem que mais....??? sinto-me lindamente. Há dias em que prefiro o silêncio do que o "pum pum" da Disco.
Prefiro o cheirinho a chá do que o cheiro a tabaco, que ao fim de dois dias ainda perdura nos casacos e no meu quarto. Prefiro o belo do Dvd...do que apanhar a bela da ressaca ou ver os outros alheios de tamanha bebedeira...hihiih
Há dias que gosto de variar...tendências, estados de espirito, preferências...desgaste ...eheh sei lá.
Hoje sei que prefiro isto. Amanhã posso preferir outra diversão que não seja tão caseira. Mas hoje tenho certezas do que quero e do que escolhia: tranquilidade....a serenidade que ultimamente se sobrepõe à diversão.
Nem é assim tão mau passar o dia de pijama....ehehe faz tempos que não me sentava ao fim de semana no sofá a ler uma revista, a ver as noticias. Supostamente estaria a ver o que ia levar para sair à noite. Mas faz bem uma vez ou outra parar para reflectir e sim...descansar.
Se a rotina de ficar em casa por vezes aborrece...a rotina de ir aos mesmos sitios, ouvir a musica que já eu sei de tanto passar lá pelas 3h ou 4 da matina....também fatiga.

Hoje fui correr depois de ter feito aquela coisa estúpida que é pararmos o tempo suficiente para perdermos a boa forma.
E digo-vos que tenho que recomeçar a fazer os trabalhos-de-casa. Que desgraaaaaça.
Por outro lado corri sozinho, quando era suposto que o tivesse feito na companhia do Pedro. Os nossos desencontros absolutamente excepcionais fizeram-me lembrar de algo que em tempos ouvi...
Imagine-se uma experiência: dois tipos que queiram comunicar um com o outro por telefone. Não combinaram previamente quem o fará. Mas a lei das probabilidades indica que, lá está, provavelmente, mesmo que esbarrem uma vez ou duas no sinal impedido do outro a tentar também ligar, acabarão por conseguir estabelecer a ligação. Uma espécie de encontro por desencontro de decisões.
Mas também é teoricamente possível que nunca mais consigam comunicar em todas as suas vidas ou, hipótese intermédia, que o desencontro se prolongue por uma curta eternidade.
Eu e o Pedro, por uma longa hora, não conseguimos...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Fast and furious

Fui apanhado em excesso de velocidade: 70 numa zona de 50...

... sou oficialmente um facínora da estrada

... e prevê-se que brevemente fique oficialmente (ainda) mais pobre

... e vamos lá ver se não fico aí numas férias de condução.


Argh...

quinta-feira, janeiro 25, 2007

O chefe fez um ar contrafeito e interrompeu o gesto de levar a imperial aos lábios. Levantou os olhos como quem pensa. A sugestão do Almeida e o meu "o que é que achas?" na sua direcção e obrigavam-no a parar de fingir que estava alheio da conversa.- "Bom, voltemos para a secretária, a decidir isso. E depois voltamos à imperial e calam-se ambos. O trabalho estraga-me a cerveja."

O meu chefe é ou não é porreiro?

eheheh

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Barcelona, It was the first time that we met...
Há tipos com sorte. Há tipos sem sorte. o João vai a Paris representar a Z. O Rui vai a Barcelona representar a Z. Até aqui a justiça do Mundo parece funcionar oleada... ... mas há que adiantar que a viagem do primeiro se acaba por transformar num muito inesperado- ou pelo menos pouco esperado fim-de-semana edílico, enquanto que o segundo dá por si a calcorrear gelado a calçada catalã, na nada romântica companhia de um escocês, um irlandês e um alemão, companheiros de infortúnio no caminho que desaguaria num "so called" American Pub, que era na verdade o bar mais retro, morto e enfadonho que qualquer um dos quatro jamais pisara.
No entanto, algures a cirandar a cidade velha, às voltas da Catedral sombria, ouvi do Scott a estória da semana, porventura do mês.
Um adepto fanático do Boca Juniores foi a um tatuador. Queria o emblema da equipa tatuado em grande nas costas. O outro esmerou-se. Quando chegou a casa e se viu ao espelho tinha este enorme pénis impresso em tinta sob a pele. Talvez tivesse sido útil saber com antecedência que o maldito artista era adepto do River Plate...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Verdades domésticas

A melhor forma de manter a casa limpa é não a desarrumar.
O tapete da casa de banho fica muito melhor na diagonal do que na vertical ou horizontal.
É inteligente ter uma manta fofinha estrategicamente guardada no móvel da televisão, ali bem perto do sofá.
Os copos ficam lindamente organizados na gaveta, sim, independentemente do que a mãe diga, dá assim um ar de cozinha IKEA à coisa.
Quando estendo roupa e olho para o meu stock de molas fabulosas e coloridas sinto saudades da Ivy. Não a amo, nunca amei. Mas quando olho para aquelas molas, sorrio, e tenho saudades.

O que se faz por amizade muitas vezes se confunde com o amor.



Volto a olhar-te devagar e penso; lá se vai, ele e eles.
Eles, os sonhos. Naquele breve sorriso, sonhei que encontraria as palavras certas. Naqueles braços uma amizade de anos. Apanhaste o barco para o outro lado, despedes-te como sempre com beijo demasiado próximo dos meus lábios. Demasiado perto do que sinto no coração. Conhecemo-nos há tanto tempo e só agora, quando me dizes que a amas, é que me sinto a doer.
Tiveste tantas, e tantas e nenhuma delas seria a tal. Mas ela não, conhecemo-la tão bem. Doce, bela, inteligente, amiga de ambos. O triângulo que não interessa nem as almas penadas.
Dizes-me que estas amar, que agora entendes o que eu te dizia, que o amor nasce muitas vezes da amizade, e que muitas vezes o amor mora mesmo ao lado.
Sorris e diz-me que eu sempre soube, que eu sempre tive razão, que eu sempre te indiquei o caminho. Que agora és feliz e que eu sou responsável pela tua felicidade. Que a minha amizade, o meu amparo, o meu cuidado, ajudou-te a ser um homem melhor. Que nem sabes como nunca desisti de ti.
Ainda me lembro quando a minha porta batias de madrugada porque, querias fugir de uma tipa qualquer. Quando doente, agarravas-te a mim e eu fazia-te a sopa do costume. As vezes chegavas a minha casa, de camisa na mão, e com um sorriso idiota lá dizias que precisavas dela mesmo impecável, como só eu sabia. As vezes furioso, desabafavas ao telefone, sobre as tuas ultimas desilusões amorosas. Nos sábados que eu dedicava a limpeza, preferias ajudar-me a limpar, em troca de eu ouvir os teus pensamentos sobre a tua existência.
E agora diz-me que amas. Bolas, se isto não fosse o Cais Sodré e não estivesse tanta gente, eu gritava-te, ai gritava-te. Que quem te ama sou eu. E não ela, que me disse que só ficaria contigo, quando não tivesse mais esperança em encontrar o seu príncipe. Que ironia, vai ficar contigo porque se conformou.
Ela que esteve sempre ausente, entregue aos seus amores pela carreira, pelo vizinho do BMW, pelo engenheiro, doutor, mister, o que queiras. Ela que sempre desabafou comigo, as suas desilusões e os seus anseios.
Não a condeno, entre muitos com quem, ela poderia ter ficado, escolheu-te a ti, que irónico também eu.
Resta-me ficar com bocadinhos de ti, um beijo demasiado próximo dos meus lábios, demasiado perto do que sinto no coração.

domingo, janeiro 21, 2007

A fauna da noite
Andei ausente. Por vários motivos. Assim de repente ocorre-me a claustrofobia. Não interessa.
Portanto hoje é Reveillon atrasado no casamento entre o Rui e esta Guilda. Como ontem quando me sentei a conversar com o Pedro. Concluimos que já não o faziamos "há um ano".
Inauguramos com a noite. Tenho saído pouco: constrangimentos de carteira de que falarei outro dia. Mas ontem saí.
Eu cá não sei... ... estarei a ficar velho, razinza? Conheci uma loura de rabo grande e cérebro pequeno com quem mantive a conversa mais light em neurónios dos últimos tempos. Vi a eterna dança da sedução com um pé na decadência e acabei à porta do loft, a ver esgrimir as vaidades do "eu sou mais amigo do porteiro do que tu", claro em eterna derrota para o ego gigante do "mas eu sou o porteiro, e estou aqui de telemovel com ar importante a decidir os destinos desta humanidade".
E de repente o facto de não andar com dinheiro para copos soou-me bem menos trágico.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Tinha escrito uma coisa depois decidi apagar....os meus desabafos serão desabafos só, unica e exclusivamente para a minha alma....

Só eu entenderia o texto que aqui tinha colocado antes.... .... por isso aqui deixo um tururururuurururururu..... é uma linguagem invulgar mas há quem consiga descrever o que é um turururururuu...lolol... ... ja´os meus complexos textos .... é melhor ficarem para mim!!!!
Na falta de melhor para dizer...ehehehehhe

hoje não é um bom dia para mim...mas... a ver se animo digo a mim mesma Ip Ip Urrê....

domingo, janeiro 14, 2007

A todos os que estão a passar más fases!

Aqui deixo um poema de Coragem a todos aqueles amigos que por vezes passam más fases na vida...ainda que sejam transitórias, e esperemos que sim, aqui deixou um pouco de poesia para desanuviar a alma:


"No limite da sua realidade,
Diante dos abismos da incerteza,
O homem desafia a Natureza:Projecta-se, mortal, na infinidade;
Alçando vôo, desenhando proezas,
Dando asas à criatividade,
Comprova que há a possibilidade
De que o homem, criatura indefesa,
Desfrute de um poder maior que o medo,
Cancele o que impede o crescimento,
Com coragem pro que der e vier;
Baseie-se não no que se está vendo,
Vença as limitações do sentimento,
E caminhe pelas forças da fé..."

( autor desconhecido, e nas minhas pesquisas incessantes pelo mundo da prosa e poesia achei bastante giro e transmite uma mensagem bonita :o))

terça-feira, janeiro 02, 2007

VOTOS DE UM FELIZ 2007


Desejo a todos um ano 2007 repleto de coisas boas, nomeadamente: saúde, paz, amor e acima de tudo muita felicidade. O que será da nossa vida se não existir alegria dentro de nós mesmos?
A vida é demasiadamente "breve" para ser vivida de um modo triste e mal aproveitado.
E o que é que significa viver a vida mal aproveitada? é vivê-la com pouca esperança, é deixar que as coisas más nos suguem o prazer de rir!
Aos meus amigos espero que aproveitem este novo ano, fazendo dele algo melhor que 2006...há que ambicionar sempre o melhor ....
Que todos os sonhos se concretizem, como desejo para mim faço-o do mesmo modo para aqueles que são importantes na minha vida...
Gosto de pensar que este ano, para mim importante, me irá proporcionar uma espécie de ponte entre os sonhos e o real. Há uma vastidão de coisas, assuntos, objectivos que irão ou não se converter em realidade...
Em suma: votos de um excelente 2007, que a estrela da sorte guie todos e ilumine este ano com a maior e mais alegre luz que alguém possa ter.
E acima de tudo nunca perder a esperança, exemplo disso é o caso do meu Pitucas, gatinho de 17 anos e que esteve muito mas muito doente, estar de novo pronto para novas batalhas da vida :o)