A Guilda dos Melancólicos

Blog eclético, hermético e patético

segunda-feira, outubro 30, 2006

Hoje, ao abrir a segunda gaveta da minha secretária, dei com uma pequena folha contendo a seguinte inscrição:

"Pedras no Caminho? Guardo-as todas. Um dia construo um castelo."

O dito, apesar de batido, fez-me sorrir. De cada vez que deixo propositadamente um pedacito de papel dentro de um livro ou de uma gaveta, ou um punhado de moedas no bolso das calças, tenho a certeza absoluta que aquela ideia, aparentemente idiota, há de ter a sua utilidade.

Ainda no âmbito do meu posto de trabalho, garanto-vos que existe uma outra frase, também escrita com a minha letra, que está algures perdida entre papéis com o timbre da minha entidade patronal e que não me canso de recordar: "As águias voam alto, mas as fuinhas nunca são aspiradas pelas turbinas dos aviões". Espero que um dia o meu chefe não encontre esse papel primeiro do que eu.

Uma boa semana de trabalho.

A reinvenção do Eu

A Dani é uma pessoa sempre em busca do positivo. Não sei exactamente o que a mova. A fuga de dores que a atormentem, o genuíno fascínio pela possibilidade de poder ter esse caminho, não sei. Mas sei que assim se move. Sedenta de leituras espirituais que abram sempre as portas de luz da existência, viciada no desporto de se entender e de se amar e de poder reflectir o que possa extrair dessas cores nos outros.
Por vezes partilha-se comigo e nasce o interlúdio das causas das coisas da alma. Ontem, quis saber o que pensaria de uma frase: "O que somos hoje é o reflexo do que pensámos ou sentimos ontem. Há que pensar sempre bem para colher o melhor."
Eu concordo. Se nos deixarmos ir pela vertigem do fel e do preconceito de pensar que somos donos da verdade, ou que não o sendo, agiremos ao sabor das nossas fúrias hedonistas, não podemos realmente evoluir.
Interrogarmo-nos sobre tudo, pormo-nos em causa e tentarmos pensar a vida com serenidade, sensatez e sobretudo bondade é provavelmente uma muito boa ideia.
Nem sempre o conseguiremos.
Mas é por isso que temos que continuar a ir aos treinos.

domingo, outubro 29, 2006

Hoje cheguei à conclusão que devemos por vezes fazer esforços, ainda que sejam contra os nossos principios e ideais, para dar sempre o beneficio da dúvida.
Gosto de ir para a cama, deitar a cabeça no meu travesseiro e pensar que fui o mais sensata possível. Desde pequena que sempre achei que uma das coisas importantes da vida passa em dar uma oportunidades a quem erra. É o mais correcto. Claro que serão oportunidades comedidas, não será de esperar que se falhe à 4ª vez e ainda se dê a 5ª oportunidade para demonstrar que existem casos que nunca mudarão. Cada caso a sua sentença.

sábado, outubro 28, 2006

Ando a ganhar coragem há uma série de tempo para escrever algo nesta guilda de melancolia, mas tudo o que me tem ocorrido não me pareceu nunca enquadrável no espírito da coisa. E com tanta gente nova a partilhar o plateau a pressão é maior. Não me sai da cabeça o facto de não existir uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão.


Bom, nada como reavivar pensamentos recentes, sobretudo se de qualidade duvidosa.

Quanto mede um metro? Quanto pesa um quilo? As réguas são fabricadas a partir de outras réguas? Quem fez a primeira régua? E se um dia todos os relógios pararem ao mesmo tempo, quem é que sabe quanto tempo dura um segundo?

Acontece que cavalheiros, por esse mundo fora, são pagos para pensar em questões tão interessantes como estas que formulei ao longo dos últimos anos, na esperança que fossem de alguma forma pertinentes. Ora, descobri hoje que o segundo (medida de tempo) tem a seguinte definição:

"Duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133."

Face a isto, despertou-me obviamente a azia. Ainda há pouco tempo li num folheto de Prevenção Rodoviária que 1 segundo é o tempo que decorre quando dizemos em voz alta: "um crocodilo".

Tomei consciência que existem tipos muito mais inteligentes do que eu. E também do que os que fazem folhetos de Prevenção Rodoviária. Fiquei um pouco melancólico.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Falo de ti

Fala me de ti, mas sem palavras. Fala-me de ti, mas sem olhares para mim. As tuas palavras magoam-me e o teu olhar fere-me. Não me pertencem, mas fala-me de ti.

Conta-me porque tem de ser assim, conta-me porque vais assim. Não tem princípio, nem fim, é uma história sem sabor.

Sentes-me, eu sei que é difícil, mas sentes-me, consegues alcançar a minha dor? Sente-me e diz-me que não, que não é preciso ser assim.

Que tudo, não passa de um sonho mau, e que vou acordar, nos teus braços e não nos dela, pois eu não a quero, não a quero aqui entre nós. É por causa dela que eu não consigo olhar para ti, que não consigo falar.

Fala-me de ti, mas sem me tocar, o teu toque da cabo de mim, destrói as minhas defesas, faz-me querer-te e eu não te posso querer.

Conta-me o que te faz olhar para mim, conta-me porque prendeste o meu olhar. Dói-me olhar para ti, dói-me tanto, que quero fechar os olhos até não te ver mais.

Sentes-me agora, sentes-me no ar que respiras, eu sinto-te aqui por detrás do meu pescoço, sinto o teu braço no meu peito, ficou como uma tatuagem o desenho do teu braço.

Acorda-me, diz que é mentira, que somos só nós, há muito tempo, e que isto é só medo. Este medo que te afasta, que te faz querer estar confortável, que faz o teu coração querer parar de palpitar.


Falo de ti, porque vives em mim, desde o dia, que o meu olhar percebeu que me vias. Eu não queria que me visses, não ali, não assim. Melhor, eu não queria a ti, mas tu viste-me e eu vi-te.

Conto-te que ficaste comigo, e em mim todos estes dias, que foram tantos e tantos e agora nada, nem dias, nem horas, nem minutos, ou será, nem abraços, nem beijos, nem amor.

Sinto que te quis toda a vida. Sinto que tenho medo, que sempre me recolhi no silêncio, para não te provocar, para que não desses o salto.

E agora, choro por querer-te, choro por saber que não posso lutar, não te posso roubar. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, alguém roubou-te de mim e eu quero-te de volta.
Fala-me de ti, estou aqui

Desculpem-me o desabafo, mas hoje sinto-me com um mau perder.

quarta-feira, outubro 25, 2006

O sexo dos anjos

" A pequena Phoebe era destas pessoas que possuem como propriedade exclusiva o dom dos arranjos práticos (...) uma selvagem cabana de ramagens arranjada por viajantes na primitiva floresta adquiriria o aspecto de um lar pelo facto de ter alojado por uma noite uma tal mulher (...) mas quer fosse pelas rosas brancas que por qualquer outra influência subtil, uma pessoa de instinto delicado teria imediatamente compreendido que ele era agora o quarto de dormir de uma virgem e havia sido purificado de todos os males e tristezas pela sua doce respiração e felizes pensamentos."
In "A casa das sete empenas" de Nathaniel Hawthorne
Os Românticos talvez percebessem muito das mulheres perdidas das telas lúgubres e de anjos, mas de mulheres percebiam pouco.
E o pior é que século e muito volvido estas idealizações absurdas de mentes tortas continuam a fazer mossa.
Este post é dedicado às mulheres de quem gosto.

terça-feira, outubro 24, 2006

Dias de Verão já.


Podia começar pelo princípio, mas não, vou começar pelo fim das coisas.
Hoje, especialmente hoje, estou irritada. Não basta o céu quase tocar na terra, e não estou a falar do espelho azul, mas sim desta fumaça, mas parecida com o fumo de um charruto cubano, salve-nos o cheiro. Está um dia cinzento e cinzento, olho lá para fora e só falta sair deste nevoeiro um personagem dum filme de terror ou então, o Dom Sebastião, qualquer das duas seria horrível.
Vem uma alminha lá das Caraíbas, toda queimadinha, cujas únicas palavras, que viu-se obrigada a dizer, foi rum com gelo, para apanhar com um clima destes.
Quero os dias de verão de volta, não me interessa se estamos a chegar ao Inverno ou será inferno.
O que eu quero é, passear em Belém, deitar-me na relva e rezar para que não seja presenteada com caca de cão.
O que eu quero é passear na baixa, não interessa se vou levar com, dealers estilo americano, a tentarem vender caldos knorr ou óculos da última moda da feira.
O que eu quero é, as filas intermináveis para costa, estar lá cinco minutos e ter de voltar, porque o tempo que demorei a chegar, vai ser exactamente o mesmo, ou pior para voltar.
O que eu quero é, sair a noite e ver os meninos feitos em John Travolta, tipo Saturday Night Fever. Quase mais decotados que as meninas, (vocês também reparam) que faltam botões nas camisas deles, andam quase com mais peito a mostra, que as meninas bem avantajadas. Nada contra.
O que eu quero é, uma caipirinha, servida por um brasileiro, mas em Sesimbra, ali a beirinha do mar.
Quero pôr creme no corpo, ou melhor óleo de coco, sem me arrepiar com as mãos frias.

Quero os dias de verão de volta!!! Já não me basta o Santo António a falhar, agora também o São Pedro, depois admiram-se que eu falte a missa.

Controvérsias da alma

A insónia bateu-me com força. Estava às voltas na cama, e o sono que achava que tinha de repente sumiu.
Hoje devia ter sido uma noite muito especial. Vim para casa super feliz, finalmente, um dos meus sonhos e objectivo tinham-se concretizado.
Mas...essa alegria acabou por comedida ficar. Acabei por chegar à conclusão habitual: "no meio de uma multidão, contudo sozinhos(...)".
Restou-me o meu adorável PC com o seu MSN para partilhar alguma da minha felicidade ( bem...não posso ignorar a minha super amiga Glória que veio à minha casa fazer a sua pequena mas ao fim ao cabo enorme festa! actos pequenos, mas que cá dentro marcam muito...OBRIGADO...e ela sabe não preciso de o dizer e muito menos escrever, mas aqueles que desconhecem existe neste uma grande amiga, a melhor de todas )...
De facto, acabei por ir para a cama muito triste. Quando nos acontece algo de bom temos tendência a estar eufóricos, querer falar e falar...contagiar tudo e todos. Acontece a toda a gente. Triste é quando deparamos com muros, uns altos, outros médios e outros baixinhos...
Fui muito "apagada" para a minha almofada, e até o sono que achava que tinha de momento se esvaneceu.
O "pessoal" do MSN...embora estivessem todos on line...contam-se pelos dedos os que são amigos a sério e confidentes. Não desejo ser o centro do Mundo, longe disso. Gosto de passar despercebida no dia à dia. Mas confesso que nesta noite de 2ªfeira a festa que no "lar doce lar" se resumiu a um simples: "tu é que sabes" me deixou vulnerável ao ponto de querer sê-lo.
Enfim...tinha muito mais a dizer mas fico por aqui...são 0h42m devia estar deitada, porque amanhã acordo cedo e em vez disso escrevo para aqui cenas absurdas que cá para mim são sinal evidente de que preciso falar e...olha falo para o PC!
Não desejo a ninguém que um dia passem por se sentirem ao lado, à parte...não desejo a ninguém que num dia especial, um dia de sucesso se sintam indiferentes e até esquecidos pelos próximos...e até cheios de vontade que os outros façam inúmeras perguntas, mas...isso não sucedeu....resignei-me a mais um dia...onde por mais que diferente tenha sido os outros banalizaram-no mais uma vez!

segunda-feira, outubro 23, 2006

A minha visão da felicidade

Ser feliz é estar satisfeito, é ser afortunado, é ser bem sucedido e ter sorte, é estar alegre, é...enfim muitas definições podemos retirar, aliás o dicionário até as elenca sábiamente. Para uns será isto ...para outros aquilo...enfim noções unânimes a cem por cento não as encontramos.
Eu, Joana Amorim, tenho uma ideia claro do que é ser feliz. Sou uma pessoa que apesar de certos obstáculos se sente muito bem e feliz na vida que leva.
O mais importante de tudo é sentirmo-nos bem com aquilo que fazemos, com as atitudes que tomamos, com a nossa pessoa em si mesma.
Sou feliz porque tenho metas a atingir, e mesmo que não as consiga alcançar sei que fiz o meu melhor. Sinto-me alegre e posso sorrir porque sei que faço aquilo que me dá prazer. Sei contornar as minhas dificuldades e sei perder quando assim tem de ser e porque algo foi superior a mim mesma...mas sei aceitar as derrotas merecidas. Sou feliz porque tenho bons amigos e sei que sou muita amiga do próximo. Aliás para mim a amizade é um conceito o qual merece muito respeito da minha parte.
Tenho a felicidade a correr nas minhas veias porque sou capaz de sonhar, ainda que tentem fazer com que tenha somente pesadelos, mas a capacidade de sonhar, este grande impulso e motivo de crescimento, sucesso e até mesmo da felicidade, não me retiram por demasiado que seja o esforço.
Como eu digo SER FELIZ acaba por ser algo que depende do modo como encaramos a vida...a maneira como lidamos com o sucesso e com a fustração. Não baixar a cabeça à 1ª derrota e não sorrir abertamente quando se tem apenas uma mísera vitória.
No fundo isto para dar um conselho: pensar sempre positivo, nunca deixar de sonhar, nunca baixar armas ao primeiro entrave que nos apareça e tentar sempre mas sempre sorrir ainda que a vontade de o fazer seja pouca, porque um sorriso apagado, no meu entender é meio caminho andado para "atrair" outras coisas menos boas. A sério...positivismo atrai positivismo e o negativismo acaba sempre por puxar um encadeamento de situações menos agradáveis.
O importante é ter esperança mesmo quando tudo pareça horrivel e negro, falo por mim...eu tenho sempre aquele bichinho dentro de mim a falar baixinho, a murmurar: " é apenas uma má fase, algo de bom virá certamente é só te esforçares para que isso suceda".

A Força

Excluídas as contingências absolutas que absolutamente nos impeçam de ser felizes, a não ser que por sageza que se me escape de todo, o gozo da vida está na forma como a saibamos encarar,
Ensinaram-me um dia que a felicidade reside sobretudo na alma com que enfrentemos a contrariedade e aceitemos a frustração. Ambas são certas ao longo da vida: as contrariedades, enquanto estado temporário de dificuldade e a frustração, enquando algo que se nos assume como derrota aparentemente definitiva. Depois suponho que não haja uma receita exacta para sobreviver à Lei. Entre aquele que traça metas modestas à sua realização e viva satisfeito com elas, e ao Campeão dos desafios que lhes dedique a vida com ardor, suponho que haja pelo meio uma data de verdades intermédias, não menos certas.
Mas de certa forma em todos nós há combate. Ter metas, ter sonhos. É isso que nos move. O amor, a fortuna, a sabedoria, eu sei lá! E eu gosto de lutas e lutadores. Não tanto pela Glória do fim em si, mas pela dignidade que demonstrem na liça. Estar do lado certo é isso: saber lutar, esgrimir com ardor, encaixar os golpes com resignação. Sim, mas também respeitar o próximo. Não há glória no que se saqueia em vez de conquistar, apenas ouro.

domingo, outubro 22, 2006

Mais uma peça de Teatro

Este Domingo mais uma peça de teatro fui ver. Antes de mais digo que gostei bastante. A peça denominava-se: "Dom Juan" . Peça / obra de Moliére, uma figura consideravelmente importante do séc. XVII, dramaturgo, actor e encenador, Moliére tem uma obra pautada por inúmeras características tais como : sucessivos escândalos e interdições, problemas a que inevitavelmente é conduzido a partir do momento em que opta por usar a literatura como meio de crítica social e de costumes e cria para a sua obra um lema, que segue quase cegamente, e que resumidamente determina que “ridendo castigat mores", ou seja, que “rindo se castigam - ou criticam - os costumes”.

Inspirando-se na obra do madrileno Tirso de Molina (1584 – 1648), El Burlador de Sevilla, Molière, como tantos outros depois de si, “usa” a simbologia associada a Dom Juan para, uma vez mais, criticar o “mau uso” do amor pelos homens e moralizar todos quantos se pudessem rever naquela situação, indicando que o fim dos “abusadores” só pode ser a morte, uma morte horrível e sem redenção.

Tudo isto para, em suma, dizer que foi uma bela tarde de Domingo. A peça proporcionou-me algumas gargalhadas, contidas de facto, ainda que lá em cima da sala de teatro alguém se ria efectivamente em alto e bom som. De facto é admirável como uma peça de teatro faz com que as pessoas se esqueçam que não estão em casa e tenham comportamentos que deixam os outros perplexos!

Uma letra...



Hoje não vou escrever nada de mais, vou deixar a letra de uma música. É uma música muito importante para mim, porque sempre que ouço o "Kissing you" da Des´ree consigo abstrair-me das coisas negativas e sinto uma paz interior a qual me dá uma sensação de paz e bem estar!

Pride can stand
A thousand Trials
The Strong will never fall
But watching Stars without
You My Soul cried
Grieving heart is full of Pain
of, of The Aching

'Cause I'm Kissing You,
oh I'm Kissing You, Love

Touch Me Deep
Pure and True
Gift to Me Forever

'Cause I'm Kissing You,
oh I'm Kissing You, Love

Where are You now?
Where are You now?
'Cause I'm Kissing You
I'm Kissing You

terça-feira, outubro 17, 2006

Ainda não tinha tirado as ramelas dos olhos quando hoje bem cedo a TSF me alertou de que o IRS deste ano vai lixar os solteiros... ... o clube não se anda a mexer...

E o Sócrates cheira mas é a leitinho!

segunda-feira, outubro 16, 2006

I will tell you later...

O Hi5 é a grande moda entre nós, já, se sabe, talvez apenas superado pelo Youtube. E hoje não vou versar nenhum tratado sobre o Hi5, que mereceria efectivamente um tratado. Naaa, hoje fico-me por um pequeno satélite do universo. Ora bem, no extenso questionário que é possível preencher para colorir o nosso perfil hi5viano, uma das respostas pré definidas que é possível dar a quase todas as questões é "I will tell you later". Mas o que é que isto quer dizer? O que mais me intriga na opção é o facto de ser possível deixar a resposta em branco. E além disso muito mais me pareceria lógico que existisse como opção pré formatada "It's not your fuc*** business". Mas não... ... dissequemos: Não te digo já mas digo-te mais tarde, o que não deixa de ter uma aura de mistério. A minha teoria pessoal sobre o assunto subdividia-se em duas hipóteses: poderia tratar-se de uma estratégia de charme, uma carta na manga, aquele Ás que se guarda para o fim para apanhar o Valete ou a Dama- que no hi5 ninguém caça manilhas- ou; hipótese B, a estratégia do bluff, não mostramos a carta até à derradeira mão. O outro que pague para ver e que descubra se quiser que guardávamos com um sorriso enganoso de vitória um duque que não era de trunfo...

Mas há dias novos horizontes se me abriram. Debatia o assunto com a Patrícia e ela abriu-me um caminho inexplorado pela minha mente, presa em preconceitos de raiz endógena. E se a explicação do mistério não residisse em mim mas no outro? A Patrícia pensa, pragmaticamente, digo eu, que o "I Will tell you later" encerra uma versão peculiar do Código de DaVinci". A frase demonstra-se a um olhar menos atenta incompleta, uma vez que a parte final da mesma está subentendida. Assim, se lermos o manuscrito à luz do código secreto do desejo, então aparecerá cristalinamente a frase. "I will tell you later, se fores giraço(a)".

E esta, hein?

domingo, outubro 15, 2006

Quem disse que não havia Estória?

Este fim de semana foi calmo. Mais um fim de semana que fugiu às "nights" Lisboetas. Se me perguntarem: " E então qual a estória do fim de semana?" eu respondo: " Bem...de facto aventuras do Clube não existiram.... não houve a 6ªf do xoxo, e o sábado não foi marcado pela ida à Kapital!"
De facto não houve shots, nem vodka limão e whisky cola. Pelo menos falo por mim. Mas como adoro falar e escrever aqui vai a estória do fim de semana pelos olhos de Joana:
- Sexta feira 13: ora a Joana que andava por Lisboa feita barata tonta à procura de um emprego em part time com vista à concliação com o estágio e um meio de angariação de fundos pensou: "E que tal um cinema?" e sim pensou nisso e na companhia: RP, pessoa que gosta muito de cinema e que tem King Kard, tal como eu ( aliás o mentor do meu King Kard). O filme foi giríssimo - " Uma familia à beira de um ataque de nervos" - deu para rir e passar um excelente final de tarde e princípio de noite. Uma bela de sexta feira,...bem...podia ter sido melhor se eu Joana Amorim não tivesse sido chamada de chata...mas isso são pequenos detalhes ...e a vida já por si é tão complexa.....
- Sábado 14: dia de enorme tédio. Acordo eu a pensar: " ah é tão bom não fazer nada!" quando esse tão bom passa de repente a ser o meu pior pesadelo.
Mas nem tudo estava perdido. Quem melhor para chatear do que o estimado e Ilustre RP? quando temos fama há que aproveitar ao máximo. Aliás de que serve tê-la se depois fica a pobre da fama perdida, vazia...uma mera sombra....Logo, e um conselho da Joana....há que tirar e espremer tudo...e se a temos há que a pôr em prática.
Ora Sábado decidi ir fazer uma visita ao RP, que em introspecção e em retiro espiritual se encontra. Na conversa se ficou. Um óptimo serão...ao som da viola e da voz, atenção: voz de rouxinol, do RP...
Esta foi a estória de sábado, marcada por conversas acerca da vida, do que vai bem e mal...acerca dos gatos....acerca do emprego...enfim...vários temas, nada enfadonhos e dei por mim a pensar: " ena já é meia noite e tal!"....ou seja quando estamos em boa companhia e a conversa é agradável o tempo passa a correr...corta a meta num instante.
- Domingo 15: Tive pena...mas de facto a estória de Domingo é nula....talvez ainda possa salientar as estórias via MSN. Como decorreram conversas acerca de vestuário...e eu, Joana, fiquei a saber que os trapos até nem bem nem mal me ficam...simplesmente .ficam-me normais!!! e até qui ça....um vestidinho nem me fique mal de todo, é só ganhar perfil psicológico para ele! eheheheh ( esta é para quem sabe!).
Há sempre estórias. Há é que pensar no que se quer contar e partilhar. A estória está nas nossas mãos, é só assumi-la. Pode não ser a estória de uma noite do Clube...mas...são estórias bonitas e surgidas de conversas bem porreiras entre amigos!

A minha música

Hoje senti vontade de tocar novamente o meu Cassio...faz tempos que não tinha inspiração para inventar alguma música ou mesmo reproduzir meia dúzia das que sei.
O meu quarto voltou a ser o palco dos meus "concertos" épicos...
Razões para isso? humm....não existem...simplesmente uma súbita vontade de me sentar na cadeira e por mãos à obra! apesar da atmosfera ser cinzenta aqui no meu "lar doce lar", parece que hoje a minha alma estava a pedir algo desanuviador ...e existe alguma coisa mais relax que a música??? eheheh ( para mim não!)....
A música é uma das coisas que me faz sentir bem...e desperta em mim uma sensação de tranquilidade e bem estar.
Fiquei feliz por estar de novo predisposta à arte músical... Hipp hipp hurrê....

O Gato de Atlântida

Já é a segunda vez que isto me acontece. Bom, em rigor, já é a segunda vez que isto lhe acontece. A mim apenas me cabe ficar intrigado, dono que não sou efectivamente da peripécia... ... hoje, como há dias, o Hamlet apareceu-me completamente encharcado, assim do nada. Corri a tentar perceber por onde teria sucedido o mergulho e não logrei a desfazer o mistério. Os suspeitos do costume são a sanita e o balde da faxina. Nenhuma das hipóteses me soa lá muito saudável. Mas o bichano sobreviveu a ambos os mergulhos e não me parece muito preocupado.

sábado, outubro 14, 2006

Pensamento do dia

Sábado, um dos meus dias predilectos. Soube-me bem dormir até mais tarde ainda por cima quando lá fora está aquele tempo meio chuvoso.
Apesar de ser um dia esperado a semana inteira, acordei com a sensação que nada de novo ou entusiasmante se vai fazer.
Acordei com aquela vontade de ir passear, conversar, estar num sitio sentada a contemplar uma paisagem e a dar dois dedos de conversa. Ao contrário disto, creio que o Sábado vai- se tornar num dia de tédio e ao mesmo tempo de ócio, onde a TV dita a sua tirania, e o comando dela fará zapping desenfriadamente :0(
O meu sofá prepara-se para me receber a tarde inteira...
No fundo espera-se pelo fim de semana para este ser banal como sempre...ou para se estar em casa a fazer as "sestinhas" ou ver os filmes repetidos que passam nos canais da televisão. Se pudesse e tivesse companhia gostaria por ex. de ir hummm...ao chiado. Vou lá muitas vezes, a bem dizer passo por lá, porque estar sentada numa esplanada dos seus belos pátios, isso nem sempre sucede, faz tempos...Ou ir a Bélem, mas desta vez parar para comer os pásteis....e não ficar apenas pelo Macdonald´s!!!
Hoje até um passeio pelo Ginjal e Olho de Boi fariam de mim uma mulher com um sorriso gigante. A final de contas o que desejava mesmo é espairecer e não ficar em casa...porque senão começo de facto a achar que os 5 dias uteis de trabalho sempre me compensam pelo facto de não estar em casa! estranho mas podem ser suscitados estes pensamentos idiotas...
Há dias assim, sentimo-nos prisioneiros das nossas divisões de casa...e eu livre que sou tenho necessidade de sair...nem que seja ir ao café da esquina...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Saudades...

No outro dia em arrumações encontrei 3 cadernos que me pertenciam quando andava na 3ªclasse da escola primária. Fui lendo algumas páginas, por mim escritas, e recordei belos e bons momentos.
No meio de rabiscos encontrei uma composição que falava sobre a minha caixinha de porcelana. Sim, outrora tive uma bonita caixa de porcelana redonda pintada à mão. Tinha muita cor nos seus desenhos de flores. Essa caixa tinha sido uma oferta de uma pessoa muito importante para mim, a qual já não está no Mundo dos Vivos. Essa pessoa era o meu avô. Uma das prendas que recebi meses antes de falecer. Fiquei muito agarrada a essa peça. Aliás já antes de ser a " dona " dessa caixinha já a retratava nas minhas composições de menina da escola primária. O meu avô dizia que era uma caixinha especial. Tinha muitos anos e fora pertença da familia.
Esse pequeno e à 1ª vista insignificante objecto tornou-se algo que me fazia recordar alguém que já cá não estava, o tempo foi passando e guardava religiosamente essa pequena peça.
Um dia menos feliz...alguém decidiu quebrar os laços que uniam o meu pensamento a uma pessoa. De facto podem dizer que não é necessário um pedaço de porcelana para nos lembrarmos de alguém. A importância de um Ser Humano transcende isso. É verdade! ...sim até posso aceitar....contudo era algo deveras importante para mim. E quando alguém se roga superior e pensa que pode tudo e decide dar a outrem, sem a minha autorização, essa minha caixinha de porcelana juntamente com outras coisas desperta em mim uma sensação que preferia que não tivesse acontecido. No fundo há gente que com a sua malicia dá cabo das coisas boas que existem na vida dos outros.
Já procurei em lojas uma caixinha que substituisse a minha...uma substituição material...de objecto. Porque a espiritual essa será sempre perdida....
No fundo sinto saudades...apenas isso...sempre senti. E o que me fazia sentir mais "aconchegada" era olhar para a minha secretária e deparar com a tal caixa...e ao olhar para ela súbitamente inúmeras memórias saltitavam pela minha cabeça. Hoje...olho para lá...existe um pequenino espaço vazio, espaço esse que não será ocupado sem mais nem menos. O meu desprezo vai para os que usam a posição de supremacia e fazem o que querem como vingança estúpida e sem justificação. Acham-se nossos donos e consequentemente donos das nossas coisas, nossos objectos...
O meu sorriso amarelo vai para os mal amados...os secos e amargurados que ao fim ao cabo decidem que hoje ou amanhã vão fazer uma maldade ....
A minha ironia vai para os que acham que estão a fazer o bem quando estão a suscitar no próximo sentimentos de ódio, de distânciamento, rancor e tristeza.
Peço a forças superiores a capacidade de um dia perdoar. Peço conseguir um dia esquecer que por momentos me fizeram sofrer....e ainda hoje o fazem. Sei que ultrapasso tudo isto...tenho-o feito aos poucos e poucos.... até porque a caixa foi o começo do princípio. No fundo só peço para ter a bondade de um dia apagar estas memórias...esquecer que aconteceu e encarar isto como um desvaneio de gente idiota!...qui ça...um dia

Devaneios de um gajo que viaje só

Pronto, estou no portão certo. Destino, "Zurique". A viagem conheço-a de cor e salteado. Não tem graça. Viajar para Zurique não tem qualquer graça porque os passageiros são como a cidade e como o próprio país. Cinzentos. Alguns emigrantes portugueses de cá para lá. Os seus sinais são o aspecto de menor carteira. Meia duzia de homens de negócios: é olhar para os lugares executivos. Alguns suiços anónimos. O meio termo e fiel da balança. Não se sabe ao certo porque vão e porque vêm. E eu, nem emigrante, nem executivo. Nem pobre nem rico. Certamente que não suiço... ... enfado-me neste voo que certamente não terá graça. Os suiços são uma gente desengraçada e sem chama. Que me ocorra só são bons para fazer lucro. Ou melhor, os suiços são bons em tudo e não têm graça em nada. Não tem graça ser de um país que tem o seu ex libris mais emocionante no relógio-de-cuco e cuja grande façanha militar seja provavelmente o manuseio do canivete suiço. Herois suiços? Mártires suiços? Poetas suiços? Degradados do rock n' roll suiços? Não há! Quer dizer... ... ok, o Guilherme Tell... ... o Robin dos Bosques helvético que vandalizava a fruta com uma bésta. Se não fosse ser apenas um conto, ok, seria aceitável como excepção que confirmasse a regra. Sim, porque não me falem da Guarda Suiça do Papa... ... guarda-costas de collants? Bom, para um suiço, é de facto excêntrico. Ok, ceda-se. Ponto para a Guarda Suiça... ... eu estou mais interessado no portão ao lado. Três mulheres que movem os olhos dos homens como gira-sóis em torno do astro na sua rotação. Duas disfarçariam. São bonitas, exóticas, algo espampanantes, a isso têm direito. A terceira não engana. É puta. Portanto são todas putas. Brasileiras. Ah, que voo tão mais interessante. Para Zurique não viaja disto. Segue a ronda. Não tenho mais o que fazer pelo que olho para os outros quase com despudor. Uma tropa fandanga de gajos pintas. Já não são nenhuns míudos nem posso dizer que sejam homens de meia idade. Se fossem italianos talvez a Vera e a Inês concordassem em que eram todos giros. Como são portugueses e a um pintarolas português não se reconhece mais do que meio direito à ousadia - e não, Boys bands não contam- elas diriam provavelmente que estes tipos são meio chungas e eu, não sei, talvez concorde. Disto também não viaja para Zurique, embora eu me importe menos. Já esperei que chegue. É tempo de verificar o destino desta tripulação. "Fortaleza". Vai tudo de férias. Férias de lazer para os meninos. Férias familiares para as meninas. E quem sabe um dia não se reencontrem em Lisboa!
Embarco finalmente. Atraso tolerável. E como adivinhei nem uma puta brasileira ao meu lado- não seria a primeira vez, mas lá está, outros Carnavais em que o destino não era a Suiça- nem gajos pintarolas, nem sequer guardas suiços, nem o Guilherme Tell. Uma trindade suiça, embora sejam 3 lugares e comigo eu conte 4 almas. Mas a benjamim viaja ao colo. Creio que fiquei no cantão alemão deste voo para a suiça. Um suiço reconhece-se porque é como um alemão de ar mais civilizado, porém menos carismático. Entenda-se, é um totó que provavelmente vive melhor que eu e que o seu primo alemão. E ali são todos suiços. Um qualquer interlúdio que embale a viagem está fora de questão. Não costumo ser audaz para meter conversa com o vizinho do lado mas aceito com simpatia a conversa que se me ofereça. Mas enfim, estou entre suiços e conversa é coisa de escasso lucro. Sei que não conversaremos pelo que tentarei dormir assim que rape a refeição de bordo.
Assim é, nos meus sonhos não completamente adormecidos, a imagem do rabo das prostitutas brasileiras mescla-se com o cenário dos Alpes sem fim lá fora. Tudo branco. Calça branca, cordilheiras brancas. Fio dental preto. E sobre o perfume das sandes de queijo derretido que uma hospedeira serve, cresce a sombra tenebrosa de um odor que eu sei que se evade de uma fralda ao meu lado. De repente as bufas da cadela Kika parecem-me toleráveis. Quem disse que viajar para Zurique não é emocionante? :o)

quarta-feira, outubro 11, 2006

Um sorriso...

Hoje foi um dia complicado. Muito trabalho, tomada de decisões dificeis, nem sempre as escolhas são fáceis!
Estava a almoçar e tudo parecia realmente perdido, duro, dificil...sei lá, de facto o optimismo estava submerso num mar de pessimismo, descontentamento, tristeza e muitas dúvidas.
O meu almoço não foi entusiasmante, além de almoçar sózinha, coisa que odeio, sentia-me descontente...o dia no tribunal não foi nada suave, pelo contrário deu muito que pensar e chegar à conclusão de que a sociedade cada vez mais caminha para a podridão...enfim...cada vez gente mais nova está inserida na teia da criminalidade, mas isto não é novidade para ninguém!
.....Estava eu a almoçar a pensar nos meus problemas quando do outro lado pelo vidro do restaurante vejo 2 crianças...
Eu a fingir que comia, certamente com o pior ar de sempre...de alguém que tinha dormido mal, e que ainda tinha pela frente 2 interrogatórios, lol, dei pelas crianças do outro lado a fazerem inúmeras palhaçadas....a colarem a cara ao vidro e a esboçaram um enorme sorriso. Parecia que adivinhavam que naquele momento estava a necessitar de algo "inocente", "bonito" e " singelo" para animar um pouco o meu espiríto que tristonho estava.
De repente, dei por mim a esboçar também um sorriso XL...graças a alegria contagiante de 2 crianças que por ali brincavam e que sem saber contribuiram para o meu "desanuviar" de pensamentos menos bons e alegres!
O que vale é que no meio de tanta "fruta podre"....
Bem no fundo queria com isto louvar este tipo de momentos...que parecem vulgares, banais não é..???.e que ao fim ao cabo podem marcar grande diferença!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Parabéns ao fim de semana

Este fim de semana de dia 6, 7 e 8 foram três magnificos dias ligados à cultura. Sabe bem variar e ainda melhor quando ficamos agradados. Não repetindo o que o RP escreveu, quer a Dália Negra, a exposição do World Press Photo e o teatro em Almada foram três eventos os quais aplaudo com um ar muito satisfeito.
Agora a ver se consigo bilhetes para a "Música no coração"....

Porquê a insegurança?

Ora bem, hoje decidi blogar umas linhas acerca de alguns dos problemas do Ser Humano. Sim, não pensem que é um problema das mulheres, os homens também eles são inseguros em diversos aspectos: "será que estou bonito?", "será que este casaco me fica bem?", "porque razão ela não repara em mim, deve ser porque não sou bonito o suficiente!!!"...entre outras questões.
Ora bem a insegurança que por vezes todos nós sentimos, uns mais outros menos, é algo que é originado pela Sociedade. Esta com as suas modas e "manias" incute em nós certas sensações que por vezes rondam o "mau estar". Se outrora o ideal da mulher era ser mais "cheinha" hoje em dia a mulher "ideal" e padrão de beleza é a magra. Vejam as revistas tontas que muitas vezes chegam a indirectamente ordenar tais ideais....
Outro exemplo de como a Sociedade faz do Ser Humano um carneirinho é a têndencia de que ser chique é usar roupa de marca ( Levis, timberland, sacoor, lacoste, salsa, pepe jeans...etc etc). Há gente que até é capaz de se sentir insegura e inferior só pelo facto de a amiga ter umas calças de marca e ela usar apenas umas calças de ganga de marca desconhecida...e dentro dessa cabecinha confusa e completamente transtorna, pelo consumismo idiota que a sociedade aos poucos e poucos conseguiu incutir no Homem, é capaz de se interrogar de coisas absolutamente ridículas tais como: " o rapaz XPTO olha para essa minha amiga porque além de ela ser mais bonita, ainda se veste bem, porque tem estilo só porque usa roupa de marca! ".
A insegurança muitas vezes é causada por padrões que a Sociedade vai ditando ...
Claro que depois existem casos de insegurança causada por feitios. Pessoas completamente desligadas dos padrões do que é bonito e bem sentem-se inseguras porque possuem um feitio mais propricío a esse tipo de pensamento.
Decidi escrever acerca disto porque um dia nos transportes ouvia um diálogo entre mãe e filha, onde esta exigia à mãe que arranjasse maneira de ter dinheiro para ir comprar um par de jeans à salsa bem como 1 bonito blusão da levis. Ridiculo....enfim....quem não tem dinheiro não tem vicíos.

Alguém sem dúvida importante...

Por ultimo vou tecer aqui umas breves linhas a quem acho que merece. Sem citar nomes, porque quem sabe sabe...quem não sabe pode imaginar, especular e questionar-se...pouco importa! o que conta é que de facto essa pessoa merece as palavras aqui blogadas...
Há dias de merda. Há dias em que a pessoa se sente em baixo e completamente amesquinhada. Acontece a todos, acontece-me a mim...eu quanto aos outros não sei....só sei aquilo que eu sinto e penso. Odeio sentir-me assim, mas o certo é que tenho razões para que isso suceda. Coisas menos boas na minha vida. Acontece a todos...acontece-me a mim....
Não vou estar aqui a contar a minha vida....demoraria anos a fazê-lo. Só quero dizer que nos momentos maus não estive sozinha...não tenho estado só. Tenho tido algumas pessoas à minha volta, contudo a minha vénia vai para uma dessas pessoas que se tem revelado ser cinco estrelas. Às vezes acho que tem sido uma espécie de bússola orientadora...porque quando acho que estou perdida, as suas palavras ajudam a encontram o caminho certo, e quando não ajudam exactamente a isso, então ajudam a num futuro não mtoooo distante a encontrar o tal caminho que à 1ª vista obscuro estava.
Obrigado RP....realmente se há pessoas importantes para mim estás lá sem qualquer dúvida!***( opss acabei por citar...AZAR! lolol).

domingo, outubro 08, 2006

World Press Photo
Ir ao CCB ver esta exposição começa-se-me a tornar uma tradição. Não há muito a dizer. As fotografias são sempre fantásticas e o estômago enrola-se-me sempre. Um momento de voyeurismo da beleza perversa das coisas para me lembrar que o nosso Mundo é muito feio.
A Dália Negra
A Dália Negra é um filme negro. Passa-se nos fim dos anos 40 e podia muito bem em muitos aspectos ter sido filmado por aí. Brian de Palma retoma o género e o resultado é interessante embora estas intrigas podres relatadas por um detective de voz fria, cínica e muito cool me aborreçam um bocadinho pelo estereotipadas que são. O Pinheiro não gostou. Como eu deve ter achado que foi um filme negro. Mas ele atribuiu a culpa à ressaca.
Emily Rose, Prof. Alexandrino e outros notáveis que não encaixam
Finalmente a dupla RP e Joana conseguiu ver "O Exorcismo de Emily Rose". Alguns perguntarão "E?". Mas não foi fácil, creiam-me. A nossa vontade de ver este filme esbarrou uma série notável de vezes em contra tempos vários. Eu diria que ver o filme foi quase tão dramático como exorcizar a "Milinha". Bom, não interessa. Este Sábado lá se alugou o filme para ver no aconchego da minha sala. Que dizer? Não é um filme de terror em rigor, embora tenha momentos que recorrem a expedientes desse género narrativo. Mas é mais um filme de tribunal. E faz uma pergunta interessante, independentemente da resposta que se lhe dê: como é que podemos encaixar o mundo das Trevas no do Mundano, nos casos raros em que a sobreposição seja demasiado evidente? Poderemos aceitar numa conversa séria que a Macumba ganha jogos de Futebol e eleições presidenciais? Ou julgar por homicidio com boneco de Voodoo. Ou diagnosticar possessão demoníaca na urgência hospitalar? Somos tentados a sorrir e dizer "que não" mas fariamos nas calças se essa fava nos calhasse um dia em sorte. É por isso que adoramos estórias fantasmagóricas mas desprezamos os classificados dos magos africanos no nosso Jornal Diário. Não concebemos a sobreposição...
Arsénio
Este foi o fim de semana dos bilhetes a saber a pato. A Joana desencantou duas entradas para o Cats e eu uma mão cheia delas para o "Arsénio". Que dizer? que o texto é curioso e, em última instância mais inteligente e menos "pseudo" do que se poderia adivinhar se saíssemos a meio. Mas o que fica para a estoria foi o telemóvel que desatou a gritar uma melodiazinha idiota bem a meio da peça. A moça apressou-se a esgravatar o aparelho entre as tralhas típicas de mala feminina. Não era pressa de o desligar, desenganem-se. Simplesmente é indelicado fazer esperar uma eternidade quem tem a atenção de nos telefonar. Por isso, quando o toquezinho inconveniente se calou, antes que todos tivessem tempo de respirar de alívio... " Sim, diz..." - começava o interlúdio e a sala dividia-se entre o monólogo do actor e o diálogo da plateia.
Sinto que virá o dia em que as pipocas e refrigerantes vendidos à porta da sala ajudarão e sustentar o teatro!

sábado, outubro 07, 2006


Bichanos
Eu sou daqueles desgraçados/afortunados que vêm o "Cats" todos os dias. Chega-se a casa e temos duas bolas de pelo sentadas à nossa espera. Desenganem-se do ar tranquilo. Algures pela casa podem estar os despojos em forma de cacos de mais uma tropelia de Marta e Hamlet. Bom, mas hoje não é dos gatos que me dão música mas do Musical que quero falar. São cerca de duas horas de sonoridade, beleza e poesia para os sentidos, e com aquela pitada extra de mais valia para quem goste e partilhe a vida com os ditos "Cats", porque de facto Andre Lloyd Webber extraíu do Old Possum's Book of Practical Cats a essência dos gatos da nossa vida.
Obrigado, Joana. ;o)
A Roda do Hamster
"Eu não quero ser conhecida como a madeirense do Docks" - a frase brindou-se-me numa conversa por email. Mas tanto faz. Poderia ter sucedido horas mais tarde, enquanto fumávamos o nosso cigarro e bebíamos a nossa bica de fim de dia no Duq's. A Vera e o Rui debatiam a puta da rotina e as derrotas diárias dessa guerra. "Já pensaste que se calhar não somos pessoas interessantes...?"- Sim, já. Pensámos ambos. Há tanta coisa que podiamos fazer! Mas deixamo-nos sempre ir em loop. Mais do mesmo. E o mesmo, as mais das vezes anda longe de ser brilhante. Argh...
Fim de tarde no Duq's
Espero pela Vera, já se disse. Não tenho tabaco nem dinheiro que o compre. Acabou-se o café. Portanto não faço mais nada, espero apenas pela Vera que talvez já nem apareça, que se faz tarde. Portanto esperarei pelo "comboio seguinte", o da Joana. O tempo já está cinzento e eu não dormi muito esta última noite. E o resultado é que o café não impede que me pesem os olhos enquanto apoio o cotovelo no braço do sofá colorido e o queixo na palma da mão. Espero... ... e olho distraído ao meu redor. Primeiro para os que caminham para lá da ampla vitrina. Depois, finalmente para o bar. A mulher muito gorda de vermelho, de quem só verei o rosto ao cair do pano, senta-se de costas no bar. Fala alto. Despropositadamente alto. E o timbre é infantil. Desconfiei de que sim antes que tivesse certezas. "O meu marido deixou-me. Dizia que ia para o Brasil, fazer não sei o quê. É que ele já estava reformado e podia. Eu não. E deixou-me. Depois afinal já não queria ir para o Brasil e foi varrer ruas."- O empregado passa o pano no balcão de madeira, faz um meio sorriso e não diz nada. Pode parecer um cliché, eu sei, mas pela minha saúde que foi isso que ele fez. O homem de meia idade, e pança proeminente a evadir-se do cinto das calças de fato, sorri. Não. Ri.- "Para fugir desta também ia varrer ruas..."- A gorda não pode não ter ouvido, mas não responde.- "Eu tenho um problema. Psicológico... Sou como uma criança. Não me consigo desembrulhar sózinha."- Levanta-se e começa a limpar as mesas de chávenas e copos, espalhadas ao acaso. Pega-as com cuidado- é então que vejo um rosto infantil ou tonto, como preferirem- e deposita-as sobre o balcão.- "Só a chávena é que é minha, mas está aqui tudo. Eu gosto de ajudar." - O pançudo grisalho ri de novo. - "Vou-me raspar para me ver livre desta.".
A Vera entretanto chegou. Pelo meio dormitei no meu sofá e acordei com uns míudos a rirem-se de mim do outro lado da montra. Sorriu curiosa e admirada quando perguntei ao empregado se me saberia dizer que relação ligaria a senhora gorda e o pançudo grisalho. Não sabia. Chegaram por turnos. - "Oh Rui..."- Expliquei-lhe. E perguntei-me o que fará rir em olhar para os que caminham desorientados pela cidade.
Eu não achei graça.

Apetecia-me escrever. Não sei bem o quê. Não escrever só por escrever, mas antes escrever para querer partilhar. Só que há tanto .....que terei de me limitar a uma ou outra coisa.
Hoje vou falar do espectáculo que vi no dia 6 de Outubro: "Cats". Ora bem, na realidade foi um bonito musical, com muita cor e alegria...e sim...existiram partes mais tristes as quais acabam sempre por tocar uma pessoa. A musica, ao estilo do Andrew Lloyd Webber...muito característica, tal como nos outros musicais marca o seu ritmo especial e reconhecível a Km de distância.
Se me pedissem para escolher o acto mais bonito, escolheria o acto do famoso "Memories"...onde a gata grizabella consegue chegar ao nosso coração e aos mais sensivies à alma! até arrepia!
Depois de cerca de 20 anos no WEST END Londrino e na Broadway , Lisboa recebeu, tal como o Porto, os Jellicle Cats.
O Musical acaba por ter uma filosofia interessante de vida, quando narra a história da gata grizabella que em tempos abandonou a familia para ir descobrir "novos mundos"e que num dia mais tarde volta às suas origens.
Enfim...acabei por descobrir que o meu gato Pitucas foi retratado numa das personagens do espectáculo, já o gato do RP, Hamlet, .....podemos dizer que o pequeno reúne alguns traços de uma ou duas personagens do "Cats". O Pitucas, como bom gato que´é, cheio de glamour, uma relíquia e até um "ancião" felino da Rua D.João III, teria de ser retratado de alguma forma. Já os gatos, enfim...comuns...lol....podem aparecer um bocadito ali ou acolá em traços de algumas das personagens...eheheheh.......
O espéctaculo foi a uma sexta, e eu cheguei a equacionar: ouvir o Memory ou estar na coluna do Docks??...sim eu acho que tanto eu como o RP estavamos com formigueiros....os nossos pézinhos queriam ir sem duvída dar 1 show de dança ao som do "My hump", "So sexy" do "Poderosa..." entre outros...hihihi...e sim para quê estar a uma sexta feira confortável na cadeira do coliseu ( bem não eram assim tão tão confortáveis!) quando podiamos estar a milimetros de distância de gajos e gajas desconhecidos, a sermos pisados, a levar com o suor alheio e nós próprios a sentirmos o efeito de uma boa sauna, só que com a diferença: no Docks estamos vestidos com a bonita roupa pr night....na sauna...enfim na sauna...as coisas serão diferentes!...
Se calhar o melhor é começar a ver os espectáculos aos dias de semana....e ir cansada para o dia seguinte ...o dia de trabalho; até porque o patrão que se lixe, e se começar a chatear muito e a dizer: "olhe lá você hoje ainda nada fez!" ou " parece que está a dormir com a cabeça na secretária"...AZAR... nós deviamos logo ripostar assim: " e eu tenho culpa que o sr/dr. cheire a leitinho e não queira sair aos dias de semana???
Enfim...há muita coisa a equacionar. Eu ultimamente tenho chegado a brilhantes conclusões. E sim graças ao pensar constante posso dizer que tenho vindo a crescer em certos pontos...e até aprendido lições de vida! e viva ao Never Land! Lolol

sexta-feira, outubro 06, 2006

O conceito é simples e acho-lhe alguma graça. E se conseguisse fazer a diversidade dos amigos que tenho, debitarem linhas num panelão comum da conversa? A que saberia o caldo de tantas ideias e vivências tão diferentes? Seria como vos juntar a todos numa grande mesa de café, para fumar cigarros, bebericar café e falar, a mais das vezes só por falar... ... será?
Vá, viciados das tertúlias da nossa vida, cheguem-se à frente!